sábado, 27 de fevereiro de 2010

A arte de amar( Ovídio Naso)

Nesta obra podemos conhecer um pouco da conduta romana no que diz respeito ao amor, a conquistar uma pessoa, a manter o interesse da outra pessoa ou seja conservar esse amor.

Autor: Ovídio Naso
Editora: L &PM Pocket.
156 páginas.
Tradução: Dúmia Marinho da Sil.
Porto Alegre, 2009.

Neste livro, Ovídio, esse grande poeta Latino, escreve de forma poética sobre este grande sentimento humano, o amor. Os seus escritos vem em forma de aconselhamento tanto para os homens como para as mulheres.

Na primeira parte do livro, com exemplos da mitologia grega e romana, e de sua própria vivência ele descreve as melhores maneiras para se conquistar e manter o amor de uma amante. Aqui fica claro que este amor buscado não está preso as vonveniencias sociais que determinam as maneiras lícitas e legais para se conquistar o amor de uma mulher. A mulher casada ou comprometida não está perdida para aquele que a ama e que não é seu marido ou prometido. Existe formas, meios, cuidados, cautelas e métodos a serem utilizados para se conquistar esse amor. Se ela é solteira, sem compromissos, sem amarras ou impedimentos, melhor, mas se não o é, não está perdida para aquele que a ama. Ovídio traz conselhos para se conquistar e conservar o amor das mulheres. Na mitologia ele dá exemplos aplicavéis, à " vida real". Os conselhos do poeta vão desde o modo de agir, a maneira de se encontrar com a amante, até a maneira de se vestir e de se preparar para o amor.
Ele considera que o amor tanto para o homem como para a mulher necessita de cuidados para se conquistá-lo e conservá-lo.
Na 2ª parte do livro ele aconselha as mulheres sobre a melhor forma de se preparar para o amante, para melhor cuidadar da beleza própria, os meios de se esconder defeitos físicos, os melhores meios para seduzir um homem, os cuidados com o vestuário, como o modo de falar, de cuidar dos cabelos, da pele, etc. A mulher seguindo esses conselhos poderá alcançar melhores resultados no amor.

Em outra parte do livro o autor aconselha sobre as melhores maneiras de esquecer um amaor, depois de mal lucubradas tentativas, onde não há reciprocidade de sentimento, ou não há mais possibilidades desse amor vingar.

Por último o autor faz receitas para realçar a a beleza feminina através de produtos de beleza importantes, de produtos para a pele, para os cabelos e para o corpo. Solicita a mulher que não deixe que o homem descubra os segredos da manutenção de sua beleza, ou veja ela se preparando para ficar mais bela ainda.

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Este livro mostra que na sociedade romana havia espaços para amores clandestinos ou mesmo aceitos pela sociedade. Ou autor mostra se contrário a falsos pudores, se preocupando com a busca da felicidade e a busca da satisfação do ser humano. Essa moral que diz que tudo é pecado é tipicamente cristã, própria da nossa época contemporânea.
Geraldo. H. M.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Viva Zapata.

Bem, estamos já bem adentrados em 2010.
Terminado o curso de História, continuo com as minhas velhas paixões: Bom livros, bons filmes, poesias, etc.

Espero poder lançar aqui mesmo neste blog algumas sugestões de livros e de filmes. Claro que vou sempre opiniar usando o meu olhar de Historiador, que vê em tudo a relação entre permanência, mudança, tempo, interpretações, etc.

Por hora vou lhes falar de um filme que assisti esta semana:
Viva Zápata.
Com atores experientes do cinema americano.

O filme tenta contar um pouco da História de Emiliano Zapata, a partir do ano de 1909, quando um grupo de fazendeiros vão reclamar ao presidente do México, que já estava no cargo a mais de 34 anos. Estes fazendeiros reclamam a perda de suas terras para os oficiais do governo, para a ganância de uns poucos que aproveitavam da inocência e falta de meios para se defender para se tomá-las. Os pobres fazendeiros estavam sendo espoliados de suas melhores terras, só lhe sobravam terras áridas e montanhosas. Entre estes reclamantes estava Zapata. O presidente Porfírio Dias, orienta-os a descobrir os marcos de sua propriedade e fazer que saiam esses invasores.
A revolta se inicia tímida e vai se fortalecendo. No meio da história ficamos conhecendo um pouco sobre Pancho Vila, que se torna outro general da revolução.

No filme, senhores historiadores, vocês verão passagens que mostram um pouco sobre o imaginário popular a respeito de Zapata, e até mesmo sobre Porfírio Dias. E bem se vê que mesmo depois da morte de Zapata, ainda está vivo o ideal revolucionário e a crença popular sobre sua imortalidade, sobre sua capacidade de sair ileso das mais dificéis situações.

Pode-se encontrar também reflexões sobre o uso, a legitimidade, do poder, de como esse poder passa da mão de uma pessoa para outra, de como os governantes que se sucedem no poder mantêm vivos os mesmos vícios e o mesmo descaso com os menos favorecidos.

O filme foi rodado em 1952, tem aúdio em Português, sem legendas. É de aproximadamente 103 minutos. As imagens são de boa qualidade em preto e branco.
Pode ser utilizado para se estudar sobre as revoluções latino americanas, para comparar o corolenismo brasileiro, com a forma de governo de alguns países no início do século XX, etc.

Qual o seu comunicador instantâneo preferido: