quinta-feira, 26 de julho de 2018

Nem mesmo tu
O tempo não poupou
O que levavas com glamour
Na tua pele
Como galardão
Não ficastes impune
Da ação deste inimigo fiel
A tua filha a te perguntar
Quem é este, que a ti diriges a palavra
Ficou a aguardar a resposta
A esperar a coordenação de tuas idéias
Não sabias por onde começar
Apesar de muito tempo ter passado, décadas até
Tudo as vezes se torna tão recente no meu pensamento
Faz parte da minha e da tua lembrança, de sua memória de sua história
Não poderás negar o que aconteceu, o que ficou, o que marcou

Noutros tempos ao passar pela rua ao ver-te na janela a esperar que passasse alguém
Eu até te julgava leviana, frívola, superficial, interesseira até, folha de bananeira a se agitar ao vento
Os meus pensamentos te condenavam, te adoravam, fica perdido numa fogueira de vaidades
O tempo passou não comemorei nada por causa disso
Tudo o que aconteceu talvez fosse necessário para que ensinasse a viver a mim e a você
O tempo ensina, castiga, ás vezes até humilha
Faz o seu julgamento, mostra a verdade, julga nossas vaidades, nossos sonhos

Assim quando tua filha perguntar quem é este poderás respondê-la de várias formas, mas no entanto, por conseguinte não poderás esconder a verdade, ou ao menos o que principalmente interessa
Eu fui uma página da tua vida, ainda que mau escrita, cheia de rabiscos, de incoerências e erros. Mas todavia, fui importante...




Qual o seu comunicador instantâneo preferido: