quarta-feira, 29 de julho de 2015

Esperança, meu amor

Não venha a lágrima desdida
Por que hoje é só sonho
Que se realiza
É primavera em teu olhar
Teus olhos buscam o meu
Nos encantamos nos mesmo devaneios
Nos envolvemos nos mesmos sonhos
Me enleio em seu corpo
É meu o mel de teu viver
É verdade a luz de tua vida
Se vives para mim e eu para ti
O que importa o mundo
Se vivemos a nossa vida
Nas loucuras de nosso amor
No calor de nossos beijos
Se não devemos nada a felicidade
Se não precisamos da aprovação de ninguém
Por isso a noite eu busco teu corpo para curar do cansaço do dia
Você busca a alegria dos gestos meus
É sempre bom o dia de nosso amor
Nas quimeras de nossos sonhos
Somos pecado, somos sem medo
Nos envolvemos e não nos fatigamos com o mundo, inundo de pensamentos maus
E que sabe um dia o mundo inteiro possa ser assim
Cultivado, cultuado no amor ao próximo
Sem o homem ser o lobo do próprio homem
Só a paz e o bem comum como verdadeira meta
Sem a maldosa corrupção alastrada por toda a estrutura social, política e cultural
Poderia ser o mundo feliz como somos
Sem querer imitar alguém
Se pusessem os sonhos para se sonharem
A realidade para dormir
Assim o mundo como eu nos braços seus
Viria o brilho de um  olhar cheio de amor
Um amor de homem e de mulher ansioso
Pelo bem um do outro.
Não o mundo não é assim
Veja os noticiários com notícias se tornando velhas de um dia para o outro,
Uma lista enorme de corruptos e corruptores
A sociedade ávida por justiça
Partidos políticos tentando se colocar acima da lei, acima uns dos outros
O povo sendo explorados por impostos injustos
Empreiteiras, políticos e agentes públicos se beneficiando do cargo e posição para se enriquecerem a custa do erário público.
A corrupção se tornou algo tão banal, entremeado nas relações humanas, sociais, políticas, públicas e interpessoais. Tudo começa no simples ato de alguém se sentir no direito de querer obter uma vantagem assim que vislumbra diante de seus olhos essa possibilidade: No furar de uma fila, no dizer que tem muita pressa e muitos afazeres por isso tem que ser atendido primeiro, no avançar de sinal e no desrespeito as normas de trânsito, no pedir um jeitinho para isso ou aquilo, no se valer do poder de algum conhecido ou amigo que possui um cargo para a fim de que possa adquirir esta ou aquela vantagem, no colocar um amigo em uma vaga a despeito de ter um outra pessoa mais habilitado pra ocupá-la, no pedir um recibo a um médico ou profissional afim para obter desconto no imposto de renda, pedidos de isenção de taxas que não se comprovam, pessoas que tem direitos especiais em função do cargo que ocupam, tratamento diferenciado a alguém só porque é parente ou amigo, sem falar das "comissões" nas obras e licitações, dos acordo tácitos entre partes a fim de obter vantagens financeiras, a aprovação de obras e outras coisas afins em troca de dinheiro, e muitas outras coisas, etc

Não,meu amor,
Certamente o mundo não vive o que vivemos
Nem sonha o que sonhamos
Somente queremos o bem um do outro
E o prazer maior e nosso próprio prazer
Nossa própria felicidade, sem o prejuízo de outros
Por isso uso de licença poética
Para dizer que o mundo está inundado
Seria preciso um novo dilúvio para varrer para as profundezas abissais tudo
E recomeçar tudo de novo
Somente eu e você
Com loucura e todo o amor do mundo
E todo o amor meu
Esses versos desconectos
Eu ofereço a você meu amor...
O seu nome é amor e o meu é esperança...
(Geraldo.H. Mesquita)

terça-feira, 28 de julho de 2015

Atavios

Por que se atavias?
Entre fios e pavios
Se onera seu sonho que custa a vingar
Na esperança de quimeras loucas
Se não sabes o que a vida de ti quer
Se o sonho não se acaba com a realidade
Se não rasgas o véu do sonho
E não te acaloras no sol poente
Entrementes, entretanto não divagas nas vias
Onde devias, desviar teu olhar
Na vaga, ondas vagas do mar
No céu tem tantas estrelas
Queria uma para ser só minha
Em meu céu
De sonho
Em que arremedo a felicidade
A autoridade de meu alterego
Não vislumbro o que me alhumbra os olhos
Sem parar, sem cessar, no mundo em vão
Nos sonhos que se vão
Quando os sonhos se esvaem entre os dedos
Nos fios de cabelos compridos,
Comprimidos em meus dedos
segredos escassos das palavras incontidas, irrefletidas
De ontem e hoje, a promessa do amanhã
Se vai na doce vã sabedoria
Nos provérbios de outrora
Sem demora, na morosa tarde de outono
Onde as folhas caem e são levadas pelo vento
Sem pesar que a primavera um dia vai chegar
Nos solstícios, e nos equinócios
Onde me aprouvera achar as diferenças
De tantas e poucas coisas
Onde estás, onde estarás
Quando o meu pensamento for te buscar
Os meus olhos te emoldurarão na ternura
Nos olhos meus vai ficar o brilhos dos olhos teus
Essa que eu busco e rebusco
Nas antologias, nas profecias
Nunca mereceu os versos meus
Mas mesmo assim lhe dou todos
De modo algum, ficaram de fora ou este ou aquele
E quem sabe a vida angústia de quem vive,
A alegria glória de quem sonha
Te traga aqui,
Me leve daqui tão leve é o vento
Que nem lamento, o tempo que passou e eu perdi
Na sua procura,
Embora estivesse sempre aqui diante dos meus olhos
No alcance de minhas mãos
Não soubera eu aproveitar
O sonho que se mostrava real e não pudera ser
Como as flores que desabrocham na esperança que alguém venha
admirar a beleza delas...
(Geraldo. H. Mesquita)

terça-feira, 21 de julho de 2015

Momentos

São apenas momentos indolores
Que busco seus amores
Afetivos, intuitivos
Não apenas por puro prazer
É uma necessidade, ansiedade louca
Em brasas, em chamas,
O meu coração não se compara a nada que possa ter existido
A nenhuma canção que alguém tenha cantado
Sigo a vida nos traços incompletos dos caminhos percorridos
Não sou mais nem menos do que possa querer para você

Quem sabe um dia
Na maior alegria
Eu ainda possa dizer
Que da vida vivi o melhor
Ainda que eu pudesse melhor ter vivido
Sobremaneira saberia fazer diferentes
E os meus erros insanos
E os cometeria loucamente, vorazmente, novamente
Ninguém poderia me segurar se o passado eu pudesse vivê-lo
Incontáveis vezes
Se chance eu tivesse
Minha loucura permaneceria, nos meus feitos, nos meus escritos
Meus amigos e meus inimigos sentiriam tudo novemente
Meus amores incontidos, irrefletidos,
Aí! Deles
Eu os viveria novamente
Sem medo algum de ser repetitivo
Pois eu sou assim mesmo
Sem arrependimento, se mágoas, sem perdão
um erro, uma imperfeição
Se alguém quer me mudar
Quebrará o barro já cozido no forno
E o que conseguirá será apenas pó e cacos
Deverás loucamente, insanamente,
Inumanamente eu sou vivo
Com meus sorriso com tão pouco siso
Fazendo rebuliços, nas quimeras,
Sem querer ser diferente, indiferente a tudo que não seja para meu prazer e
ou contentamento
Não lamento, não me queixo,
Eu sou assim mesmo,
um tormento, um alivio
Presságio do fim,
Arremedo de realidade,
Pergaminho mal escrito,
Docemente, levemente, ente demente, crente, inerente, tão somente,
Um ser vivente, que não sabe que a vida não dura o bastante...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pensamentos

Há dias que não te vejo
No melhor ensejo do verão
veremos se no futuro próximo será melhor
No melhor de meus sonhos
Dos meus enganos
Pois que sabe a vida: esperança de quem vive
Um dia traga você para bem perto de mim
E a distância não mais me consuma, tal qual a saudade madrugadeira
Que não se afasta de meu peito
Venha para mim
Lauto manjar para meus olhos
onde incauto, me denuncio
sigo seguramente infinitamente
sem pesar meus pesares
arraigados nos pilares colossais de pensamentos banais
Eu me perco a te olhar, sem mesmo saber porque
Enleio-me em pensamentos lançados ao vento
Onde tampouco me importo
se faça sol ou se choverá
choverá palavras derramadas pela abundância de meus sentimentos
Se ao menos eu soubesse
Quanto custa cada palavra
O peso que tem cada uma
Eu saberia dizer com exatidão
O que eu sinto
Dos meus enganos e desenganos
Não teria pesares,
Pelo ontem e pelo amanhã
Eu não diria duas vezes
O que não deveria dizer nem ao menos uma
E assim vou vivendo, nessa faina, laboriosa e infame
Sem levar os créditos dos teus olhos,
Sem beijar tua boca,
Sem me repousar em seus braços
Chamam isso de loucura,
algum nome talvez eu tenha para dar
Alguma hora porventura descobrir eu direi aos sete ventos,
Transbordando de felicidade por poder dizer que tenho um coração
Que saberá amar
Não saberei te responder, nem com tantas e nem quantas palavras você me pedir
Direi te apenas em poucas ou nenhuma palavra
A resposta está dentro de tua alma,
As perguntas em teus olhos
Apenas um certeza eu tenho...
A vida não vale nada se não temos nada para acreditar e
nenhum sonho para sonhar!!!!
(Geraldo H Mesquita)

terça-feira, 7 de julho de 2015

Píncaros

Nos mais altos píncaros
Donde com olhos de águia observo o mundo
Eu te vi passar no seu eterno desfilar
A cabeça altaneira
Os olhos como dois diamantes
Passastes entre os umbrais de meus pensamentos mais banais
A dizer mil palavras
Que eu jurei não compreender
Não sei se foi um sonho
Se realidade não for
Poderei eu ser feliz?!!
Se nas matizes de seus cabelos
Eu me envolvo em pensamentos revoltos
A sonhos para sonhar
Uma vida boa para pelejar
Se eu não me engano
Muitas das vezes eu deixei de acreditar
Para ser apenas um mero vivente
Que se estonteia a fixar o olhar nos olhos seus
Se busco de verdade, na verdade eu quero apenas ser feliz
Com o menor dos custos
Sem se ferir ou ferir alguém
E quem pode, não se sacode
Dentro dos enganos meus
Olhar nos olhos seus e dizer o que vê o que sente, sem ter medo, sem fugir, sem negar,
E se o contrário fosse como seria
Custa pouco imaginar, erotizar, ou se enganar
Se perder no olhar
Ir com os olhos onde as mãos não podem ir
E pedem um nome para isso
Se eu soubesse não diria
Se sou mistério
Se sou errado por pensar assim
Já fui punido
Pelos mil enganos da vida
E se pudesse, se quisesse eu faria tudo de novo
Seria eternamente um errante, descauteloso,
a perpetuar os erros,
sem lamentos,
enganos, medos,
Se viver assim é se enganar
Eu vivo enganado,
no desmando da vida,
que vive a contrariar meus  sonhos
Se pensas o contrário eu respeito a sua opinião
sem no entanto mudar a minha de forma alguma
a vida de cada um é uma só
Os gatos dizem que têm sete
Sete vidas eu tivesse eu as perderia
Na mesma loucura bem insana
de acreditar apenas naquilo que faz bem para mim
Então se pensas o contrário...
Foda-se!!!!!!!!!

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