sábado, 5 de junho de 2010

Sobre a verdade

Quem poderá dizer algo sobre a verdade, se existe uma verdade ou as verdades, quem poderia dizer não dirá!
Dirá apenas que depende do ponto de vista da pessoa que a diz ou discursa seja por um meio ou outro de transmissão de informação a que chamamos meios de comunicação.

A verdade não está escrita na testa de ninguém, as evidências antes podem levar a uma verdade, não a uma verdade exata matemática.

No passado tivemos muitos exemplos do uso da verdade ou das versões de um fato, tal qual Tiradentes o vilão de vira herói, na passagem da Monarquia para a República. Os republicanos viram em Tiradentes o herói exato, que lutara contra a monarquia pela liberdade. Se fossem os governantes nos dias de hoje monarquistas ou descendentes da monarquia que levara Tiradentes a forca isso não aconteceria.

Os discursos seguem os interesses. Seguem as necessidades.

Cuidado deve ter o professor/historiador que muitas vezes sem maldade alguma passa uma série de contéudos para os seus alunos, como sendo uma verdade imperativa, perfeita, exata... sem possibilidade de engano.

Sem colocar em questão e em discussão os fatos que são expostos...
A verdade não é algo que segue junto com a matemática...

Pensem nisso... O discurso reflete o interesse de alguma pessoa ou grupo que está no poder, ou que convencer alguém sobre alguma coisa...
O discurso é o que legitima alguma ação...

Os olhares da História

Quem pode dizer o que é a verdade?

Onde está a verdade, se existe a verdade, se existe uma só verdade?

Olhamos segundo um ponto de vista através dos filtros que nos são postos diante dos olhos!

Os que ontem foram vilões sobre um prisma de uma verdade acreditada e creditada por um determinado governo, por um poder legítimado em cima de um discurso elitizante e excludente, hoje ele volta com outros discursos, outros olhares, outras características ontem desprezadas porque não interessavam ao discurso e aos propósitos dos governantes, ou dos partidários desta ou daquela opinião.

Dentre outros podemos destacar Tiradentes que fora hostilizados pelos monarquistas no seu tempo e no século seguinte até que os republicanos o transformam em herói, destacando as caracteristicas suas como lutador pela liberdade. É bem verdade que hoje existe visões revisionistas que colocam em xeque ambas as visões. Estas visões vem dizer que isto ou aquilo não está tanto ao céu, nem tanto o mar.



Na sala de aula, a grandes perigos, que o professor/historiador sempre corre o risco de se envolver: de colocar tudo como verdade como fato absolutamente comprovado, e por lado também

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Projeto em andamento

O meu projeto de Pesquisa enfrento uma parada esses dias, mas já estou retornando com as pesquisas, mais espicificamente com as entrevistas com as pessoas que tem muito a dizer sobre o objeto de pesquisa de meu projeto.
O projeto depende de muita leitura.
Depende de um bom questionário com as perguntas que possam trazer as respostas que necessito.
Esse projeto trará subsídios para entender o funcionamento de uma conferência da Sociedade de São Vicente de Paulo, em uma comunidade rural, bem como sua influência na vida religiosa, social e quiça cultural dessa comunidade. Entenderemos a partir daí a importância ou não da conferência nessa comunidade, quais ações são relevantes ou não para a permanência ou mudança de aspectos na comunidade a partir do momento que essa conferência passou a existir.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A arte de amar( Ovídio Naso)

Nesta obra podemos conhecer um pouco da conduta romana no que diz respeito ao amor, a conquistar uma pessoa, a manter o interesse da outra pessoa ou seja conservar esse amor.

Autor: Ovídio Naso
Editora: L &PM Pocket.
156 páginas.
Tradução: Dúmia Marinho da Sil.
Porto Alegre, 2009.

Neste livro, Ovídio, esse grande poeta Latino, escreve de forma poética sobre este grande sentimento humano, o amor. Os seus escritos vem em forma de aconselhamento tanto para os homens como para as mulheres.

Na primeira parte do livro, com exemplos da mitologia grega e romana, e de sua própria vivência ele descreve as melhores maneiras para se conquistar e manter o amor de uma amante. Aqui fica claro que este amor buscado não está preso as vonveniencias sociais que determinam as maneiras lícitas e legais para se conquistar o amor de uma mulher. A mulher casada ou comprometida não está perdida para aquele que a ama e que não é seu marido ou prometido. Existe formas, meios, cuidados, cautelas e métodos a serem utilizados para se conquistar esse amor. Se ela é solteira, sem compromissos, sem amarras ou impedimentos, melhor, mas se não o é, não está perdida para aquele que a ama. Ovídio traz conselhos para se conquistar e conservar o amor das mulheres. Na mitologia ele dá exemplos aplicavéis, à " vida real". Os conselhos do poeta vão desde o modo de agir, a maneira de se encontrar com a amante, até a maneira de se vestir e de se preparar para o amor.
Ele considera que o amor tanto para o homem como para a mulher necessita de cuidados para se conquistá-lo e conservá-lo.
Na 2ª parte do livro ele aconselha as mulheres sobre a melhor forma de se preparar para o amante, para melhor cuidadar da beleza própria, os meios de se esconder defeitos físicos, os melhores meios para seduzir um homem, os cuidados com o vestuário, como o modo de falar, de cuidar dos cabelos, da pele, etc. A mulher seguindo esses conselhos poderá alcançar melhores resultados no amor.

Em outra parte do livro o autor aconselha sobre as melhores maneiras de esquecer um amaor, depois de mal lucubradas tentativas, onde não há reciprocidade de sentimento, ou não há mais possibilidades desse amor vingar.

Por último o autor faz receitas para realçar a a beleza feminina através de produtos de beleza importantes, de produtos para a pele, para os cabelos e para o corpo. Solicita a mulher que não deixe que o homem descubra os segredos da manutenção de sua beleza, ou veja ela se preparando para ficar mais bela ainda.

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Este livro mostra que na sociedade romana havia espaços para amores clandestinos ou mesmo aceitos pela sociedade. Ou autor mostra se contrário a falsos pudores, se preocupando com a busca da felicidade e a busca da satisfação do ser humano. Essa moral que diz que tudo é pecado é tipicamente cristã, própria da nossa época contemporânea.
Geraldo. H. M.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Viva Zapata.

Bem, estamos já bem adentrados em 2010.
Terminado o curso de História, continuo com as minhas velhas paixões: Bom livros, bons filmes, poesias, etc.

Espero poder lançar aqui mesmo neste blog algumas sugestões de livros e de filmes. Claro que vou sempre opiniar usando o meu olhar de Historiador, que vê em tudo a relação entre permanência, mudança, tempo, interpretações, etc.

Por hora vou lhes falar de um filme que assisti esta semana:
Viva Zápata.
Com atores experientes do cinema americano.

O filme tenta contar um pouco da História de Emiliano Zapata, a partir do ano de 1909, quando um grupo de fazendeiros vão reclamar ao presidente do México, que já estava no cargo a mais de 34 anos. Estes fazendeiros reclamam a perda de suas terras para os oficiais do governo, para a ganância de uns poucos que aproveitavam da inocência e falta de meios para se defender para se tomá-las. Os pobres fazendeiros estavam sendo espoliados de suas melhores terras, só lhe sobravam terras áridas e montanhosas. Entre estes reclamantes estava Zapata. O presidente Porfírio Dias, orienta-os a descobrir os marcos de sua propriedade e fazer que saiam esses invasores.
A revolta se inicia tímida e vai se fortalecendo. No meio da história ficamos conhecendo um pouco sobre Pancho Vila, que se torna outro general da revolução.

No filme, senhores historiadores, vocês verão passagens que mostram um pouco sobre o imaginário popular a respeito de Zapata, e até mesmo sobre Porfírio Dias. E bem se vê que mesmo depois da morte de Zapata, ainda está vivo o ideal revolucionário e a crença popular sobre sua imortalidade, sobre sua capacidade de sair ileso das mais dificéis situações.

Pode-se encontrar também reflexões sobre o uso, a legitimidade, do poder, de como esse poder passa da mão de uma pessoa para outra, de como os governantes que se sucedem no poder mantêm vivos os mesmos vícios e o mesmo descaso com os menos favorecidos.

O filme foi rodado em 1952, tem aúdio em Português, sem legendas. É de aproximadamente 103 minutos. As imagens são de boa qualidade em preto e branco.
Pode ser utilizado para se estudar sobre as revoluções latino americanas, para comparar o corolenismo brasileiro, com a forma de governo de alguns países no início do século XX, etc.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Colação de grau

Parabéns a todos que vão colar grau hoje!
Não deixa de ser um dia especial, muito especial!
Optei por não ir, por não participar desse momento festivo!
Vários são os motivos!
Um deles é que não gosto de despedidas!
Pode ser que eu me arrependa depois!
Mas por hora é isso que eu quero!!!!
Todos vocês estarão sempre em meu pensamento!
Obrigado turma por tudo!
Entre em meu blog para ler outros posts e para fazer comentários!
Coloquei o comentário do Vínicius.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Terra Sonâmbula

A breve resenha abaixo foi feita sobre o livro: " Terra Sonâmbula" do autor Moçambicano Mia Couto.
Eu ganhei esse livro do professor João Ricardo Ferreira Pires, no amigo oculto do final do ano de 2009.
A príncipio na primeira página o livro não mostrou toda a sua graça, foi preciso ler o primeiro capítulo onde foi dando se conhecimento dos personagens e da intensidade da estória do livro.
O livro mistura ficção com realidade. É um romance traçado sobre o pano de fundo dos acontecimentos recentes em Moçambique, sobre a guerra civil, a estruturação política no pós independência. Se derrama em frente a nossos olhos toda a dor, tristeza e esperança deste povo marcado pela guerra, pelas injustiças, pela fome e por doenças.
A história que se desenrola sobre as páginas deste livro se descortina através de dois personagens eixo: Kindzu e Muidinga.

Terra Sonâmbula.
Autor: Mia Couto.
Ed: Companhia das Letras.
Ano: 2009
4a Reipressão.
206 páginas.

Mia Couto esse excelente escritor Mocambicano, nos premia desta vez com esse maravilhoso livro: " Terra Sonâmbula", romance cuja narrativa se passa em Moçambique logó após às guerras da Independência. A guerra é o marcador temporal do livro. Sabemos onde estamos, eo que acontece pelos elementos textuais que distiguem o período colonial onde os Portugueses, senhores da terra administravam e governavam o país. O romance fala das agruras e mazelas da guerra, da destruição, da fomedo estado de desolamento das pessoas. O autor usa de uma certa poesia em seu texto, seguindo o passo dos personagens de sua obra, que transitam pelos cenários da destruição e da miséria, das esperanças de um povo, que mesmo assim com a força total de seus sonhos acredita que o futuro pode ser melhor.
No livro entendemos a situação política e econômica de Moçambique, pais do sudeste africano, banhado pelo Oceano Índico, que tem toda a sua agricultura, pecúria e industrial fragilizadas pela guerra.
Após o processo da independência, resta ao governo que se apresenta, tomar controle da situação. Os bandos ainda estão a solta lutando pelo poder, levando o horror da guerra a todo canto, espalhando o pânico, incutindo o medo na mente das pessoas. Os personagens personagens principais apresentados pelo autor são Tuahir: homem velho que cuida de um "miúdo" encontrado quase morto em um campo de refugiados, cuidado por ele, toma forças e torna-se companheiro de viagem e fuga do campo de refugiados. Não se sabe ao certo o nome do "miúdo". Tuahir dá-lhe o nome de Muidinga, que ao final do livro vamos conhecer seu verdadeiro nome e compreender sua história; já que Muidinga não tem lembranças de seu passado.
No itinerário de fuga encontram um Machimbombo incendiado, que lhes serve de abrigo por uns tempos, onde encontram uma mala com 11 caderninhos, que contém a história de um personagem misterioso chamado Kindzu. Este narra os acontecimentos de sua vida e o seu caminho em buscar de Gaspar, o filho de sua amada, que se encontra refugiada em um navio encalhado, em um grande banco de areia. Esta mulher é Farrida que viemos a saber que é irmâ gêmea da mulher do admistrador de Matimati, uma vila próxima.
Estes caderninhos de Kindzu váo sendo lidos aos poucos por Muidinga, trazendo a luz um pouco da realidade vivida pelos moçambicanos, no pós-independência, mostram as fragilidades do governo que tenta se impor, as misérias e as fomes, a corrupção, o desvio de alimentos e ajudas humanitárias, enfim um retrato cruel da sociedade moçambicana, especialmente da parcela mais pobre da população.

O livro é escrito em Português de Portugal, e traz expressões da cultura moçambica, da sua religiosidade, dos costumes e crenças, modos de falar, pensar e agir, etc.
Vale a pena ser lido pela qualidade da narrativa, pela beleza da história e pelo cuidado literário do autor.

Entendamos e conheçamos mais um pouco das diferentes culturas que existem no mundo; o vocabulário, as crenças, o folclore, as esperanças e tristezas de um povo que apesar de sofrido e maltratado luta para sobreviver e ser feliz.

domingo, 10 de janeiro de 2010

O curso de História

Já são passados poucos dias que terminaremos o curso de História, iniciado em Fevereiro de 2006 onde convivemos com pessoas bem diferentes mais que têm algo em comum: o gosto pela História. Algo capaz de unir uma turma durante quatro anos, em uma luta pelo aprendizado, pelo conhecimento e por notas para de um período para outro. Conhecemos diversas pessoas com perfis diferentes, com sonhos bem semelhantes: ter um curso superior, ser formado especificamente em História. Ter uma profissão: educador/professor e ainda mais ingressar em uma sala de aula, ter a frente de nós, jovens, adolescentes, que nem sempre estão interessados em uma educação formal.
Quando entramos para o curso, aceitamos um desafio: sermos cidadãos críticos, leitores criteriosos, alunos inconformados com o senso comum, ávidos por conhecimento. O desafio era bem mais do que isso: era preciso deixarmos de ser pessoas comuns para sermos algo mais, para buscarmos algo mais... sermos cidadãos políticos, olhar o mundo com um olhar penetrante, virá-lo ao avesso, fazer uma revolução de idéias...
Mas a maior revolução acontece e aconteceu dentro de nós mesmos...
Pode ter havido também um certo sentimento de frustração, alguma expectativa não cumprida, talvez o choque de realidade ao ver que o sonho não era realmente aquilo que nossas ilusões tentavam jogar diante de nossos olhos.
Talvez pensasse alguém que pudesse um Historiador ou Professor de História ficar rico, se enriquecer com suas pesquisas, com o tombamento de bens materiais e imateriais, ou ainda que pudesse haver uma fama instantânea...
O Historiador dessa forma seria um super-herói, alguém que tem informações valiosas e até poderosas em seu poder, que tem um conhecimento enorme, enciclopédico, volumoso, colossal, um incrível devorador de livros, que sabe de datas, de fatos, de nomes, de grandes acontecimentos que marcaram o mundo, as pessoas, que tem uma enorme pá em suas mãos, que sabe o caminho para grandes tesouros.
Depois disso, depois do curso de História, estou a pensar que o Historiador é um homem muito comum que é justamente igual a outros homens exceto pelo fato de ser consciente de sua pequenes, de sua ignorância, de ser mais humilde que muitos por isso está aberto a palavras, a escutar, a procurar, a perguntar. O Historiador não está contente com o que satisfaz a grande maioria das pessoas que habitam o planeta terra. Ele entende que seu conhecimento das coisas é pequeno por isso vai atrás das respostas. Ele leva suas perguntas, suas dúvidas, seus anseios, suas necessidades para criar a investigação. Com uma pergunta ele vai atrás da resposta. Ele entende que não há conhecimento pronto e acabado. Ele não está satisfeito com versões. Ele não entende que um assunto se esgotou, ele está sempre atrás de novas possibilidades, representações, simbologias, legitimações, olhares, usos, entendimentos, etc.
Ele busca a verdade, ele se ocupa da verdade, mas entende que existe “verdades” e não “verdade”... Ele busca entender o porquê dessas verdades. Ele está atrás de novas evidências, de novos olhares e abordagens.
Geraldo. H. Mesquita.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Novo ano, 2010

Bem mais que se possa pensar
Bem mais do que possa ou seu pesar
É um novo ano
Um ano para acontecer
Um ano para sentir
Um ano para amar
Um ano para viver a vida
Como se a vida estive a começar
Quando na verdade ela sempre existiu
Um ano para ter mais esperança
Um ano de amor
De ternura
E quem sabe poderemos estar de novo juntos
Em um só pensamento
Prontos para acreditar
No olhar, no gesto, na palavra amiga
No jeito fraterno de muitos olhares
Eu queria pode entrar em cada pensamento
Torná-los eternos e bons
Para um dia quem sabe podermos junto ao pensamento puro de Deus
Estendermos a mão para poder formar uma grande fraternidade
Sem poder temer nada
No amor, na pureza do olhar
Na doçura e no encanto de um simples canto
Entoado com muito amor
Quem poderá ver essa alegria
Estar defronte dessa façanha
Que não se assanha
Não se cansa, não se mede, nem arrefece
Em qualquer jeito,
Num jeito temeroso
Olhar e identificar os sintomas da esperança
Nos verdes, castanhos, azuis, negros, cinzas, lindos olhos
Nos olhos do irmão
Na fraternidade, sem limite e sem medo
Onde se busca o lugar que não se encontra
Não há mapas ou qualquer coisa parecida para ajudar a
Encontrar o que se busca sem saber onde

Neste novo ano nunca perca a esperança
Não tema o amanhã,
Não se esqueça de fazer o bem hoje e sempre
Se não puder fazê-lo não faça o mal.
Faça bem feito tudo o que for fazer.

Qual o seu comunicador instantâneo preferido: